Deus é uma família de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
O Pai, a mãe e os filhos formam uma só família. Quando esta família é boa forma uma comunidade de amor constituída por várias pessoas. A nossa família quando vive em verdadeiro amor, é perfeita imagem e semelhança da Santíssima Trindade.
Deus não é uma pessoa sozinha. As pessoas sozinhas sentem-se infelizes, pois não têm ninguém para fazer uma festa. As pessoas sozinhas não têm a possibilidade de mostrar as coisas que sabem fazer. Também não têm ninguém para lhes dar um beijo. Só podemos ser felizes vivendo e construindo uma comunidade de amor.
Deus é três pessoas que gostam muito umas das outras. Por isso lhe chamamos a Santíssima Trindade. Quando Deus resolveu criar o Homem, pensou logo criá-lo à imagem e semelhança da Santíssima Trindade. Por esta razão fomos criados com o rosto virado para os outros, a fim de nos olharmos uns aos outros nos olhos.
Deus deu-nos braços para nos abraçarmos e coração para nos amarmos. Fomos criados para a festa do encontro, do diálogo e do amor, à semelhança das pessoas divinas. Como somos parecidos com Deus gostamos de celebrar o nosso dia de anos e ter muitos amigos connosco, pois o sentido de uma vida feliz é a amizade e a comunhão.
Celebrar o amor fraterno e a comunhão familiar é a principal maneira de manifestarmos que fomos criados à imagem de Deus. Os animais sabem brincar, mas não sabem celebrar a vida e a amizade, pois não foram criados à imagem de Deus. Ficamos felizes quando os nossos pais se dão bem e gostam de brincar connosco. Quando isto acontece, percebemos o que Deus é: uma família de três pessoas que se dão muito bem.
As pessoas divinas são plenamente felizes porque vivem em comunhão. Além disso sabem que nunca morrerão e, portanto, nunca vão deixar de se amar e estar juntas. Nós sabemos que isto também nos acontece a nós, mas só depois de morrermos e ressuscitarmos com Cristo.
Deus é eterno, pois o amor gera amor e este nunca envelhece nem morre. Nós fomos criados por Deus, mas a Santíssima Trindade ninguém a criou. Deus é amor a renovar-se todos os dias e desde sempre. O amor gera-se no íntimo dos seres humanos como força de bem-querer que tem como origem o coração das pessoas e como meta a comunhão. O amor gera-se a si mesmo. Por isso é eterno. Eis a razão pela qual nós dizemos que Deus é amor.
Ainda antes de existirem as estrelas, os planetas, o sistema solar, ou o céu azul, Deus já existia como uma comunhão de amor. Antes de existir o Universo, o Céu era uma comunhão de três pessoas. Depois de Deus ter criado a Humanidade, o Céu passou a ser uma comunhão de milhões de pessoas, pois as pessoas humanas já fazem uma só família com as três pessoas divinas.
O melhor lar para nascerem meninos e meninas felizes é aquele em que o marido e a esposa se dão muito bem. Quando isto acontece, os filhos sentem-se bem amados e por isso gostam de viver e estão felizes por terem nascido.
Do mesmo modo, Deus criou-nos porque tem muito amor para nos dar. Jesus ensinou-nos que aqueles que aceitam o amor de Deus serão felizes para sempre em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
No Céu, todos os dias Deus Pai dá um beijo a Deus Filho. Deus filho, depois de ter dado um beijo a Deus Pai, vem logo a dar-nos um beijo também a nós. Quando o Pai ou o Filho dão um beijo a alguém comunicam-lhe o espírito Santo. Por esta razão São Paulo diz que o Espírito Santo é o amor de Deus derramado nos nossos corações.
Já fazemos parte da Família de Deus. Por isso também devemos dar o nosso beijo a Deus, fazendo a nossa oração como Jesus nos ensinou. Orar à maneira de Jesus é falar com Deus com um filho fala com o Pai ou a mãe ou um irmão muito amigo. O Espírito Santo é a ternura maternal de Deus. Está no nosso coração como uma mãe que nos ajuda a amar Deus Pai como nosso Pai e Deus Filho como nosso irmão.
Um dia Jesus estava a falar de Deus Pai aos Apóstolos e, nesse momento, estremeceu de alegria. Era Deus Pai a dar-lhe um beijo, comunicando-lhe o Espírito Santo. Eis como o evangelho de São Lucas nos descreve esse beijo que Deus Pai deu a Jesus:
“Nesse mesmo instante, Jesus estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse: “Bendigo-te ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e doutores e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai. Do mesmo modo ninguém conhece quem é o Pai a não ser i filho e aquele a quem o filho houver por bem revelar-lho” (Lc 10, 21-22).
Como vemos, Jesus partilha connosco os beijos que Deus Pai lhe dá, isto é, comunica connosco a ternura do Espírito Santo que Deus Pai partilha com ele. Quando Deus nos beija, o Espírito Santo fica dentro do nosso coração. Nesse momento podemos dizer que a alegria e a ternura de Deus estão dentro de nós!
É o Espírito Santo que, no nosso coração, nos dá a certeza de que somos família de Deus. Foi isto que Jesus quis significar quando disse aos Apóstolos que, ao rezar deviam dizer PAI-NOSSO. Era sempre assim que Jesus fazia oração.
Deus é comunidade de pessoas. Se fosse uma só pessoa, Deus não entendia de amizade nem nos podia ter criado assim como somos: seres talhados para conviver e fazer festas onde aconteça o encontro e amizade. O Espírito Santo, como ternura maternal de Deus a habitar nos nossos corações, é a garantia de que já possuímos a Vida Eterna!
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
Adorei a inspiração dos beijos.. vou usar na Catequese! Deus abençoe
ResponderEliminarótimo adorei vou trabalhar com eles hoje!!!!!!!!
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