É bom saborear a arte e a sabedoria das atitudes que modelam o coração humilde do Homem Novo. Eis algumas dessas atitudes:
O coração do Homem Novo torna-se acolhedor e fraterno.
É tolerante e por isso não está sempre a culpar os outros das suas insatisfações e fracassos.
Sabe aceitar as próprias limitações e procura realizar-se com os talentos que tem.
Por ser humilde, o Homem Novo, é verdadeiro em relação a si e aos outros.
Parte do princípio que uma pessoa, para se realizar, precisa dos outros.
Compreende o mistério da pessoa cuja plenitude não está em si, mas na reciprocidade da comunhão.
A pessoa que não aprende a escutar o irmão e a aceitá-lo como ele é nunca será capaz de moldar um coração de Homem Novo.
As pessoas demasiado enredadas no seu egoísmo apenas conseguem escutar-se a si próprias e, portanto, nunca conseguirão sintonizar e comungar com os outros.
A pessoa humilde reconhece os seus erros e sabe que só o amor é capaz de curar as feridas do pecado.
O Homem Novo não está sempre a julgar os outros. Na verdade, as pessoas que estão sempre a olhar os defeitos dos outros, normalmente estão a projectar os seus defeitos nos irmãos.
Jesus disse que do coração humano tanto podem emergir projectos de amor como decisões e projectos de morte:
“O que sai da boca provém do coração e isso pode tornar o homem impuro. Do coração procedem as más intenções, os assassínios, os adultérios, as prostituições, os roubos, os falsos testemunhos e as blasfémias. Tudo isto torna o homem impuro” (Mt 15, 19-20).
Visto sob este prisma, o coração corresponde ao nosso conceito de livre arbítrio, isto é, a capacidade psíquica de optar pelo bem ou pelo mal.
O Homem Novo relaciona-se com os irmãos de modo amável e sereno vivendo já a bem-aventurança prometida por Jesus aos mansos:
“Felizes os mansos porque possuirão a Terra” (Mt 5,5).
Ao declarar os mansos como possuidores da Terra, Jesus queria dizer que os mansos são possuidores de paz e serenidade em todo o lado.
Na verdade, a amabilidade desmonta a violência e a agressividade com que os outros pretendem, por vezes, agredir-nos.
O Homem Novo tem a gentileza de dar a primazia uma atitude que ajuda a moldar um coração atento e fraterno.
Saber reconhecer os momentos oportunos para falar e as melhores ocasiões para escutar é sinal de sabedoria.
É um excelente sinal de amor fraterno saber evitar argumentos inúteis que só servem para exaltar os ânimos, sobretudo se sentirmos que não estão em causa valores fundamentais.
A capacidade de reconhecer quando o outro tem razão é um excelente sinal de humildade.
O Homem Novo sabe que ao romper com o amor está a romper com Deus, pois Deus é amor.
O Homem Novo faz do amor a Deus o rochedo sólido para edificar a sua casa, sabendo, no entanto, que o amor a Deus passa sempre pelo amor aos irmãos.
O Homem Novo cultiva a arte facilitar a realização dos outros, sabendo que o importante é aceitá-los por eles serem o que são e não por fazerem o que ele gostaria que fizessem.
Nos seus diálogos, o Homem Novo tenta comunicar sempre numa linha de verdade e autenticidade.
No trato com os irmãos, o Homem Novo não está sempre a olhar só para os seus interesses pessoais, mas é capaz de ajudar os outros com o seu ter e o seu saber.
O Homem Novo reconhece que os outros são um dom um dom de Deus, pois são mediações para se realizar e ser feliz. Na verdade, ninguém é feliz sozinho!
O Homem Novo sabe que sabe que só poderá fazer da Família de Deus com os outros. Na verdade ninguém se salva sozinho.
O Homem Novo tem uma grande capacidade de sintonizar com os outros, pois sabe que não é bom em tudo e por isso presta grande atenção ao que eles dizem e fazem.
O Homem Novo mostra-se agradecido quando se apercebe que os outros estão a ser atentos e respeitadores da sua diferença e originalidade.
As pessoas que tentam controlar e manipular os outros nunca conseguirão ter um coração de Homem Novo, pois estão a impedir que o outro possa emergir como pessoa livre, consciente e responsável.
Amar os outros, apesar dos seus defeitos é amá-los ao jeito de Deus.
O Homem Novo é leal e verdadeiro, por isso se alegra com os sucessos dos outros como se fossem seus.
Por ser humilde, o Homem Novo não alimenta ressentimentos ou planos de vingança.
O homem Novo não é um dominador nem um possessivo, pois sabe edificar sobre a gratuidade.
As pessoas que dão coisas para amarrar os outros nem são felizes nem são capazes de ajudas os outros a emergir como pessoas livres, criativas e felizes.
O Homem Novo entende muito bem as palavras de Jesus que pede aos discípulos para o imitarem, tornando-se mansos e humildes de coração.
Calmeiro Matias
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