Nascemos talhados para o encontro e a comunhão. Eis a razão pela qual a plenitude da pessoa não está em si, mas na comunhão com os outros. O ser humano está a realizar-se em duas dimensões: a exterior ou eu individual e a interior que é o eu pessoal-espiritual. A nossa interioridade espiritual emerge no íntimo do ser individual como o pintainho dentro do ovo.
Virá um dia em que a casca do ovo vai rebentar e o pintainho nasce para a comunhão universal. A morte é este rebentamento da casca do ovo, condição para que o pintainho possa atingir a sua plenitude na Comunhão Universal do Reino de Deus. Nesta comunhão cada pessoa é um ponto de encontro que nos ajuda a entrar em comunhão com a Humanidade e a Divindade. É como um “hiperligação” através do qual podemos conectar com Deus e o Homem. A maneira correcta de abrir este “hiperligação” é abeirar-nos dele com respeito pela sua dignidade de pessoa humana e venerando nele a sua condição de filho amado de Deus. O drama está quando o “hiperligação” se enrosca sobre si mesmo. Neste caso, deixa de ser uma mediação para, através dele, encontrarmos Deus e o Homem. ... Ler Mais ...
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