1- Ao falar um dia com os discípulos, Jesus pediu-lhes para moldarem o coração deles segundo o próprio modelo do coração de Jesus que é manso e humilde (Mt 11, 29). Para que o nosso coração seja moldado de acordo com o coração de Jesus devemos acolher a Palavra de Deus e deixar-nos conduzir pelo Espírito Santo, pois ele é o arquitecto que modela os corações das pessoas em harmonia com o coração de Jesus.
Eis algumas qualidades importantes para moldarmos o nosso coração de acordo com o coração de Jesus Cristo: Pedir perdão às pessoas a quem tenhamos magoado. Não estar sempre a culpar os outros das coisas que nos correm mal. Para que o nosso coração se pareça com o coração de Jesus temos de cultivar a humildade.
A humildade é a capacidade de se relacionar com as pessoas numa linha de verdade e saber situar-se socialmente de modo adequado e correcto. Por outras palavras, ser humilde é ser verdadeiro em relação às nossas qualidades e defeitos. Não é humilde a pessoa que se julga sempre superior, desprezando os outros. É importante compreender e aceitar que ninguém é bom em tudo. É verdade que em determinado aspecto podemos ser melhores que os outros. Mas as pessoas humildes sabem que há outras pessoas que em certos aspectos são melhores do que nós.
2- A pessoa humilde sabe que precisa dos outros, pois ninguém se basta a si mesmo. Além disso, tem consciência de que ninguém é capaz de ser feliz sozinho. Ser humilde não significa pensar que não valemos nada. Mas significa também que não devemos ter a pretensão de sermos indispensáveis, ao ponto de o mundo não poder continuar sem nós.
3- Para termos um coração parecido com o de Jesus precisamos de cultivar a mansidão e a amabilidade. A mansidão e a amabilidade tiram força à agressividade dos outros. No momento em que alguém esteja a ser agressivo para nós, se procurarmos ser amáveis e serenos ficaremos espantados com a nossa capacidade de vencer através da mansidão. Foi esta a grande força de Jesus. É esta a força dos heróis e dos santos.
1- Para moldarmos um coração semelhante ao de Jesus devemos ter a sabedoria necessária para reconhecer os momentos próprios para falar e aqueles em que é melhor guardar silêncio. A nossa oração deve ser feita em forma de um diálogo familiar com Deus. Era assim que Jesus orava. Quando oramos em forma de diálogo familiar com Deus, estamos a dar condições ao Espírito Santo para poder moldar o nosso coração de modo parecido ao de Jesus que falava com o Pai do Céu chamando-lhe Abba, isto é, Papá.
Quando orava, Jesus falava com Deus como um filho fala com o seu pai ou a sua mãe. Jesus sabia que o seu coração era agradável a Deus. Foi esta a razão pela qual ele disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29). Para ter um coração semelhante ao de Jesus é muito importante ser atento aos outros, procurando compreendê-los na sua realidade mais profunda.
2- Para termos um coração acolhedor e humilde devemos ser capazes de aceitar o jeito de ser dos outros, mesmo que eles sejam diferentes de nós. De facto, realizar-se é nascer de novo como pessoa única, original e irrepetível. Quanto mais facilitamos a felicidade dos outros mais nos realizamos como pessoas e mais felizes seremos.
1- Para que o nosso coração seja parecido com o de Jesus é importante sermos leais e sinceros e saber guardar segredo sobre o que elas nos comunicam. Só assim merecemos que eles nos comuniquem o melhor e o mais íntimo de si. É muito importante dar valor às coisas boas que os outros fazem e não pensar que essas coisas não prestam só porque não foram feitas só por nós.
Para termos um coração como o de Jesus é importante tomarmos a sério as amizades. Deus também nos toma a sério e aceita-nos assim como somos. É importante compreender, aceitar e olhar com respeito a história das outras pessoas, a fim de as podermos aceitar e melhor compreendermos as suas atitudes e comportamentos. É importante olhar com as lentes da fé para as pessoas.
2-Lembremo-nos de proceder de modo a que os outros dêem graças a Deus por nos terem encontrado na vida. Na verdade os outros são um dom de Deus para nós, pois ninguém se pode realizar sozinho. Lembremo-nos com frequência de que os outros são irmãos que Deus nos dá, a fim de construirmos a família de Deus.
TODOS: Temos de compreender que ninguém é bom em tudo. É fundamental reconhecer as qualidades das outras pessoas e não girarmos de modo obsessivo ao redor dos seus defeitos.
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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