Colaborar com o Deus Vivo e Verdadeiro: f) Deus está connosco mas não em nosso lugar




Como vimos, a realização plena das nossas aspirações, os nossos sonhos mais perfeitos podem realizar-se. Para isso devemos procurar sintonizar o nosso ser com a realidade de Deus: “Não andeis como os gentios, na futilidade dos seus pensamentos, com o entendimento obscurecido, alienados da vida de Deus pela ignorância e a dureza de coração” (Ef.4,18).

Já vimos que é possível atingir os objectivos que mais nos encantam e concretizar os sonhos que queríamos realizar. Mas isto só é possível se estivermos conscientes de qual é o objectivo que queremos atingir e o sonho que desejamos realizar. Nada disto poderá ser feito se não soubermos onde queremos ir. Para conseguirmos isso é muito importante criarmos espaços de silêncio e diálogo com Deus sobre os nossos planos e objectivos: “Se vivemos pelo Espírito, pautemos também a nossa vida pelo Espírito” (Ga.5,25).

Se quisermos ir a qualquer parte mas não sabemos onde ir, nunca poderemos saber o que fazer ou qual o rumo a tomar. Se quisermos atingir um objectivo devemos saber quais os passos que devemos dar para o atingir. Depois de nos certificarmos de que o projecto ou objectivo que queremos atingir é justo e correcto, falemos a Deus sobre ele. Em seguida tentemos visualizar na nossa mente esse plano, procuremos retê-lo e, de seguida, avancemos sem qualquer medo: “O vosso Pai do Céu sabe do que tendes necessidade ainda antes de lho pedirdes” (Mt.6,8).

Esperemos o melhor e a nossa mente, ajudada pela força criadora de Deus, será capaz de atingir o melhor. A fé abre-nos para esta comunhão com o Deus criador. Isto significa que a nossa actividade será uma autêntica colaboração com o Deus criador. É fundamental aceitar tudo isto com humildade: “Eu te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, pois ocultastes estas coisas aos sábios e as revelastes aos simples. Sim Pai, foi este o teu agrado” (Mt.11,25-26).

Se nos deixamos dominar por pensamentos negativos, a nossa meta será o fracasso. Se, pelo contrário, animados pela fé procuramos atingir objectivos claros, esta será a nossa meta: “Se Deus está connosco, quem poderá estar contra nós” (Rm.8,31). O poder da fé realiza maravilhas. Por outras palavras, a fé activa em nós uma enorme força criadora, a qual emerge da própria força criadora de Deus. Com a força da fé podemos atingir objectivos insuspeitáveis.

Como poderemos desenvolver em nós a força da fé? Enchendo a nossa mente com a Palavra de Deus. A fé tudo pode: “Tende fé em Deus. Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: ‘tira-te daí e lança-te ao mar’ sem vacilar no seu coração, acreditando que isso vai acontecer, acontecerá” (Mc.11,22-23). Com este exemplo, Jesus quis dizer-nos que as forças espirituais são poder maior que existe no Universo. O poder da fé realiza maravilhas!

Em cada manhã não deixemos de repetir: “Eu acredito que Deus me dá a força para atingir o que realmente eu quero; eu espero o melhor e sei que, com Deus, vou conseguir realmente o melhor; não acredito no fracasso dos que confiam realmente em Deus”. Eis o caminho para viver uma vida fecunda e, portanto feliz. O sentimento de ser uma pessoa realizada. Eis o que diz São Paulo aos Filipenses: “Tudo posso realizar através de Cristo que me fortalece” (Flp.4,13).

Se enfrentarmos os obstáculos com olhar positivo, perceberemos que estes não tinham metade do poder destrutivo que antes lhe atribuíamos. Perante um obstáculo devemos manter-nos de pé diante dele. Se tivermos fé em Deus e em nós mesmos encontraremos a força necessária para contornar as nossas dificuldades. A fé é a chave mais importante para atingirmos as nossas metas mais queridas. Capacita-nos para enfrentar e superar os obstáculos de maneira inimaginável. Associada ao pensamento positivo, a fé capacita-nos para ultrapassar todas as dificuldades da vida. Pela fé o nosso coração abre-se ao poder de Deus que nos transforma e torna mediações da sua força criadora.

As Escritura comunicam-nos critérios e Sabedoria divina, capacitando-nos para sermos colaboradores de Deus na obra da Criação e Salvação, como diz a segunda Carta a Timóteo: “As Escrituras têm o poder de comunicar a Sabedoria que conduz à Salvação pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, refutar, corrigir e educar na justiça” (2Tim.3,15-16).

Em geral, os obstáculos não são imaginação. Mas a nossa atitude para com eles é mental. De facto, as nossas atitudes são moldadas por processos mentais. O que pensamos acerca das dificuldades determina em grande parte o que fazemos em relação a elas. É importante conservarmos na mente a ideia de que os obstáculos nunca são tão grandes como os imaginamos à partida. É importante ter, à partida, a convicção de que os obstáculos são removíveis. A partir do momento que começamos a pensar deste modo, está iniciado o processo de superação dos mesmos obstáculos.

Uma pessoa muitas vezes derrotada por obstáculos, passou de certeza muito tempo a dizer-se a si mesma: não há nada a fazer. A mente desta pessoa foi aceitando gradualmente os seus pensamentos negativos, orientando-se no sentido do fracasso. Somos em grande parte o que pensamos. Pelo contrário, quando a pessoa desenvolve a atitude contrária, acaba por descobrir de um momento para o outro uma força exterior que desconhecia totalmente. É importante termos sempre presente que Deus abre caminhos, lá onde não havia qualquer caminho. Com Deus todas as coisas possíveis entram dentro da esfera das nossas possibilidades.

Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias

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