Os Ministérios no Novo Testamento




a) Os Doze
b) Os Diáconos
c) Os Chefes de Comunidade
d) A Relação Ministério Comunidade

a) Os Doze

A teologia tradicional sacerdotisou o ministério. Por isso, não existia uma verdadeira reflexão sobre os ministérios. Para a teologia tradicional falar dos ministérios era falar do sacerdócio. No Novo Testamento o ministério não é entendido de modo sacerdotal. Na verdade, os ministros das comunidades, no Novo Testamento, não são nunca chamados sacerdotes.

O grupo dos Doze está associado ao Jesus histórico. Funcionava como sinal messiânico. Os Doze não tiveram qualquer função ministerial durante a vida de Jesus. Ao distinguir um grupo de doze discípulos, Jesus queria significar, para o judaísmo, que era o Messias. Com a morte de Salomão, o reino davídico, constituído pelas doze tribos patriarcais, divide-se. Os profetas começam a anunciar que o Messias virá e a sua primeira missão será reunificar a casa de David (Is 11, 12-13; Jer 3, 18; Am 9, 11-13; Miq 2, 12-13; Act 15, 16). O grupo dos doze era o símbolo da restauração do Povo de Israel, sinal de o Reino de Deus está em marcha. Após a Páscoa, a comunidade cristã da Palestina ainda se preocupou por preencher o lugar de Judas, a fim de manter o número dos doze (Act 1, 15-26).

Devido às perseguições na Palestina, os crentes começam a difundir-se para o mundo pagão. O número doze começa a deixar de ter sentido. O povo de Deus, restaurado por Jesus, além de judeus inclui também os pagãos. Afinal o Reino de Deus não é a simples restauração do reino davídico. Após a morte de Tiago, já não houve qualquer preocupação por eleger outro para conservar o número doze (cf. Act 12, 2).

Entre os autores do Novo Testamento, Lucas é o que confere maior realce aos doze. Não por pretender reduzir o Reino de Deus ao reino davídico, mas para acentuar que a Igreja é o novo povo de Deus, o qual está edificado sobre o alicerce do Povo de Israel. O povo bíblico tinha como pilares os doze patriarcas. A Igreja tem como pilares os doze Apóstolos. Lucas atribui aos doze a missão de julgar as infidelidades das tribos de Israel (Lc 22, 30b). O novo povo é testemunho de infidelidade do antigo. Lucas tenta reduzir o título de Apóstolo apenas aos doze.

Paulo, pelo contrário, chama apóstolos a todos os missionários que vão de um lado para o outro, fundando comunidades. Paulo chama-se frequentemente apóstolo a si mesmo, (1Cor 1, 1; 2Cor 1, 1; Gal 1, 1). Depois, fala dos apóstolos enviados pelas comunidades (Flp 2, 25; 4, 3; 2Cor 8, 23; Rm 16, 7). Ao referir a tradição das aparições pascais, Paulo diz que Cristo apareceu a Pedro, depois aos doze e, em seguida, a todos os Apóstolos (1Cor 15, 5-7).


b) Os Diáconos

Os capítulos sexto e sétimo dos Actos dos Apóstolos revelam um conflito teológico profundo entre os cristãos. Lucas tenta suavizar a questão, dizendo que os crentes da Palestina cuidavam das suas viúvas, mas descuidavam as viúvas procedentes do helenismo (Act 6, 1). Na realidade tratava-se de uma questão básica para o futuro da Igreja: fechar-se no judaísmo ou abrir-se ao paganismo.

Os cristãos da Palestina defendiam que o reino de Deus era apenas para judeus. Quanto aos pagãos apenas deviam ser aceites os que se circuncidassem e cumprissem as normas e preceitos da Lei de Moisés antes de serem baptizados. Segundo São Lucas, os doze, face ao conflito das viúvas decidem-se pela criação dos sete diáconos, cujos nomes são todos gregos (Act 6, 2).

Isto faz-nos compreender a raiz do problema que Lucas tenta amenizar com a desculpa das viúvas. Na verdade tratava-se de uma decisão fulcral para o futuro da Igreja: eleger apóstolos para pregar aos pagãos. Estes terão de ser missionários itinerantes e libertos das práticas judaicas, a fim de poderem dirigir-se com liberdade de espírito aos pagãos.

Embora disfarçando a razão da sua eleição, São Lucas dá grande importância à eleição destes novos apóstolos. Para entendermos o que acabo de afirmar basta fazermos a seguinte comparação: São Lucas dedica apenas um versículo ao martírio de São Tiago, Apóstolo pertencente aos doze e chefe da comunidade de Jerusalém (Act 12, 2). Pelo contrário, dedica dois capítulos enormes ao martírio do diácono Estêvão (Act 6, 8-7, 60). Com este procedimento, Lucas quer significar a importância fundamental da Igreja helenista, isto é, das comunidades que foram nascendo fora da Palestina.

São Lucas nega o título de apóstolo aos sete diáconos, como também o nega a São Paulo e a São Barnabé. Pelas razões já apontadas mais acima, reserva este título apenas para os doze, o símbolo do Novo Povo de Deus alicerçado no Israel das doze tribos. Com os sete diáconos, São Lucas quer significar a plenitude dos apóstolos itinerantes que vão evangelizar os pagãos.

Os diáconos eram todos helenistas, isto é, judeus emigrantes entre os pagãos. O seu ministério de fundadores de comunidades entre os pagãos é, na verdade, um ministério fundamental para a edificação e difusão da Igreja na grande vastidão do império romano. A questão fica mais ou menos assim: Os apóstolos helenistas dirigem-se aos pagãos, enquanto os apóstolos da palestina se dirigem, essencialmente, aos judeus. São Lucas sublinha que o primeiro pagão a ser baptizado foi convertido e baptizado por Filipe, um dos sete diáconos (Act 8, 9-13).

Como é natural, a comunidade judaica de Jerusalém e os doze, em particular, estavam atentos à acção evangelizadora dos apóstolos helenistas. Isto era claro em relação à missão de Paulo que era um Apóstolo nascido da evangelização dos sete diáconos (Act 8, 14). Foram os apóstolos helenistas fizeram as primeiras conversões e fundaram as primeiras comunidades fora da Palestina. Devido à sua missão itinerante, Timóteo é chamado diácono do Evangelho (1Tim 3, 8-13; 2Tim 4, 5).

O Pe. Schillebeeckx diz que é a estes apóstolos que se deve a expansão rápida da Igreja em todo o próximo Oriente antigo (cf. Schillebeeckx, Le ministère dans l’Église, ed. Cerf, Paris, 1981, p. 20). Segundo os Actos dos Apóstolos, foi na comunidade helenista de Antioquia que São Paulo foi escolhido para missionário dos pagãos. São Lucas faz notar que São Paulo não foi enviado pela comunidade de Jerusalém (Act 13, 2-3).


c) Os Chefes de Comunidade

As comunidades do Novo Testamento entendiam-se como uma união orgânica animada pelo Espírito Santo. São Paulo escreve à comunidade de Corinto, formada por pagãos, dizendo-lhe que os membros da comunidade formam o Corpo de Cristo e seu membros cada qual com suas funções (1 Cor 12, 27). Os corintos foram baptizados no mesmo Espírito Santo, a fim de formarem o corpo de Cristo (1 Cor 12, 12-13).

Ao celebrarem a Eucaristia, os membros da comunidade comem de um só pão porque fazem o único Corpo de Cristo. Mas, para funcionar organicamente, a comunidade precisa de órgãos. Daqui a importância da diversidade de ministérios e funções, diz São Paulo: “A uns constitui Apóstolos, a outros Profetas, a outros Evangelistas, a outros Pastores, a outros Doutores. Tudo isto para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo” (Ef 4, 11-12).

É dentro desta união orgânica, animada pelo Espírito Santo, que se dá o crescimento da fé e o amadurecimento do homem perfeito, à medida de Cristo (Ef 4, 13). É o Senhor ressuscitado que, pelo Espírito Santo, dinamiza os órgãos do corpo, levando-os a edificar na caridade, como diz a Carta aos Efésios: “Praticando a verdade, cresceremos em todos os aspectos pela caridade naquele que é a cabeça, isto é, Cristo. É por Cristo que o corpo inteiro, coordenado e unido por meio de todas as junturas, opera o crescimento orgânico, segundo a actividade de cada uma das partes, a fim de se edificar na caridade” (Ef 4, 16).

Entre os diversos ministérios ou serviços de coordenação, salientam-se os chefes das comunidades. A primeira Carta aos Tessalonicenses, o escrito mais antigo do Novo Testamento, recomenda que se tenha estima pelos que exercem a missão de dirigir e admoestar (1Tess 5, 12-13). Paulo considera os chefes das comunidades seus colaboradores na obra do Senhor (1Cor 15, 58; Rm 16, 3; 1Tess 3, 2; 2Cor 8, 23).

Partilham com o Apóstolo os cuidados e o cargo da comunidade (1Tess 5, 12; 1Cor 16, 16). O Apóstolo põe os fundamentos (1Cor 3, 10). Os chefes da comunidade põem os cuidados e os serviços dos santos (membros da comunidade). A sua missão continua a missão do Apóstolo (1Cor 16, 16). Por isso, partilham a autoridade apostólica (1Cor 9, 6; 9, 11ss; 1Tess 5, 13-14; 1Cor 16, 10-12). Por vezes, os chefes das comunidades são chamados profetas e doutores, isto é, servidores da Palavra (1Cor 14, 6; 12, 28; Rm 12, 6-8).

Nos primeiros tempos os termos correntes para designar os chefes das comunidades era, de facto, o de profetas e doutores. É assim que Lucas os designa também nos Actos (Act 13, 1-2). Aparecem ainda nas cartas de Pedro (2Ped 3, 2; 1, 21-22). Deles fala a Didaké (Didaké, 15, 1-2). A Carta aos Efésios menciona-os entre os principais ministérios (Ef 4, 11).

O Apóstolo, como fundador da comunidade, tem uma autoridade especial em relação à mesma. Foi ele o portador do património da fé. Quando o Apóstolo está presente, é ele que preside. Por seu lado, o chefe da comunidade deve seguir as orientações do Apóstolo fundador (cf. 1Tess 3, 2; 1Cor 4, 14; 16, 10; 2Cor 7, 6; 13, 14; Flp 2, 19ss).

No caso de conflito entre a comunidade e o chefe, deve recorrer-se ao Apóstolo. Em casos de distorções ou comportamentos errados, a comunidade devia demitir o seu chefe. Isto, no entanto, não devia nunca ser feito de ânimo leve. A primeira Carta a Timóteo recomenda que não se aceitem facilmente queixas da comunidade contra o seu chefe (1Tim 5, 19). Era esta a prática das comunidades criadas pelos apóstolos helenistas.

Com a evolução, as comunidades da Palestina, seguindo a tradição judaica, chamam presbíteros (anciãos) aos chefes das comunidades. E assim, as comunidades fundadas por Apóstolos originários da Palestina davam o nome de presbítero aos seus chefes. Por seu lado, as comunidades fundadas pelos Apóstolos helenistas ficavam a ser orientadas por um episcopos (bispo), que significava o coordenador ou vigilante.

Temos assim dois termos de origem diferente para designar o chefe da comunidade: Por um lado o termo presbítero, (ancião), tinha origem na tradição organizativa do povo judeu. O termo grego “episcopos”, isto é, vigilante ou coordenador, era um termo próprio do mundo helénico. Mas o significado e a missão associados aos dois termos eram rigorosamente idênticos.

Os chefes, agora chamados presbíteros ou episcopos, são os defensores do património da doutrina comunicada pelo Apóstolo fundador. O património da Fé é apostólico, isto é, assenta na doutrina comunicada pelo Apóstolo fundador da comunidade. O Novo Testamento refere-se aos chefes das comunidades designando-os indiferentemente de episcopos ou presbíteros. Trata-se da mesma função, como podemos ver na Carta de Tito (Tit 1, 6-7).

As comunidades do Novo Testamento têm consciência muito clara de que não podem funcionar sem chefes. Por isso o elegem em clima de oração, pedindo ao Senhor a luz e a sabedoria do Espírito Santo para o eleito. O critério de escolha é a idoneidade para defender o património da doutrina apostólica (Act 6, 3-5). O Apóstolo, depois, confirma o eleito da comunidade. Paulo e Barnabé confirmam os chefes eleitos pelas comunidades de Derbe e Licaónia, dizem os Actos dos Apóstolos (Act 14, 23).

Como sabemos, as cartas pastorais (Tito e Timóteo) são dirigidas a comunidades fundadas por São Paulo. Estas cartas falam do património da fé apostólica, referindo-se à doutrina que lhes foi comunicada por Paulo. Actuar com fé é aderir à doutrina de Paulo, o património recebido do Apóstolo (1Tim 4, 1; 6, 21). Esta doutrina deve ser habitualmente o ponto de referência e confronto, pois é fundamental conservar o património apostólico da Fé (1Tim 6, 20).

Nestas cartas os chefes das comunidades são umas vezes designados por presbíteros, outras, por bispos. Mas vê-se claramente que estão a falar da mesma coisa (1Tim 3, 1). A sua missão é comunicar o património (parathéke) da fé apostólica, juntando-lhe o bom exemplo (1Tim 3, 1-7; Tit 1, 5-9). O presbítero ou bispo, indiferentemente, impõem as mãos aos novos ministros (1Tim 4, 14). A sua missão é presidir à comunidade que os elegeu (1Tim 5, 17).

Tito e Timóteo são filhos de Paulo, o Apóstolo fundador. Por isso partilham o património comum da fé apostólica (Tit 1, 4; Tim 1, 2). O que constitui a norma e o património da Fé não são leis ou preceitos, mas o património (parathéke) da Fé que lhes foi confiada (2Tim 1, 11; 2, 8). O Evangelho comunicado pelo Apóstolo é “didaskalia”, isto é, ensinamento (1Tim 1, 10; 2Tim 4, 3; Tit 1, 9; 2, 1). O Evangelho transmitido por Paulo é a norma da caminhada (2Tim 1, 11; 2, 8).
A sucessão ministerial não se constitui por uma cadeia ininterrupta de ordenações que transmitem um poder metafísico ao qual a idade média deu o nome de poder da ordem. A sucessão apostólica realiza-se na medida em que acontece fidelidade ao património da doutrina apostólica. A imposição das mãos não tem a finalidade de transmitir de modo automático um poder metafísico, pois o ministro não é uma pessoa metafisicamente distinta dos demais membros da comunidade. O sentido da imposição das mãos é confirmar a idoneidade do ministro no que se refere à guarda e transmissão do património da doutrina apostólica.

Timóteo deve transmitir fielmente o património da fé recebida a homens que possam, por sua vez, ensinar a doutrina a outros (2Tim 2, 2). É assim que as cartas pastorais vêem a cadeia da sucessão apostólica. Por outras palavras, a sucessão apostólica acontece através da guarda e da transmissão fiel do património da fé apostólica. Paulo recebeu o património da Fé do Deus que ressuscitou Jesus Cristo (1Tim 1, 11). Em seguida, como fiel depositário deste património comunica-o a Tito e a Timóteo (1Tim 6, 20; 2Tim 1, 13-14). Estes, por sua vez, devem comunicá-lo a outros, a fim de não faltarem pessoas preparadas para o ministério (2Tim 2, 2).

Nas cartas pastorais, o diácono é reconhecido como ministro itinerante, isto é, fundador de comunidades, na linha dos sete diáconos, eleitos, como vimos, para serem os apóstolos para os pagãos. Devido à sua missão itinerante, Timóteo é chamado diácono do Evangelho (1Tim 3, 8-13; 2Tim 4, 5). A missão dos presbíteros ou bispos é presidir às comunidades, orientando-as na sua caminhada de crescimento da Fé (1Tim 5, 17). Por isso, utilizando a linguagem helenista, as cartas pastorais designam Tito e Timóteo como “episcopos”, isto é, vigilantes do património da fé. Devem ensinar e coordenar a comunidade (Tit 1, 9; 1Tim 3, 2).

Fazendo o confronto de Actos 20, 17 com Actos 28, 28 e 1Ped 5, 1 com 1Ped 5, 2 conclui-se que os presbíteros e os bispos aí referidos são as mesmas pessoas. Sobretudo são as mesmas funções, como demonstra o confronto da carta de Clemente 44, 1 com 44, 5. Para o Novo Testamento o ministério fundamental é o apostólico. Trata-se dos missionários fundadores de comunidades. Vêm, depois, os chefes de comunidades que continuam a missão apostólica. Daqui, a necessidade de serem fiéis ao património da fé apostólica.


d) A Relação Ministério Comunidade

Mateus entende as comunidades como fraternidades. As diferenças de categorias não têm qualquer lugar na comunidade fraterna, pois esses são os critérios do mundo (Mt 20, 25-26). O Senhor ressuscitado é o único Mestre, por isso não tem sentido que uns membros da comunidade chamam mestre a outro (Mt 23, 4-8). Mateus ainda designa os chefes das comunidades como profetas e doutores (Mt 5, 12; 7, 22; 10, 41; 11, 25; 13, 52; 23, 8-10). A Didaké, escrito deste período, também ainda fala dos Apóstolos (Didaké. 11, 4-6), dos profetas (Didaké. 11, 7-12) e dos doutores (Didaké13, 2). É também esta a visão das cartas pastorais, como acabámos de ver e a visão de São Paulo (1Cor 12, 38).

O evangelho de São João não apresenta qualquer preocupação de tipo ministerial. Não porque as suas comunidades não tivessem ministros, mas porque para ele, o fundamental é a acção do Espírito Santo na comunidade. É o Espírito Santo que conduz a comunidade, a qual está organicamente unida ao Senhor ressuscitado.

Cristo é a cepa da videira e os membros da comunidade são os ramos. O Espírito circula da cepa para os ramos, tornando-os fecundos (Jo 15, 4-6). É o Espírito Santo que dá testemunho do Senhor ressuscitado presente na comunidade (Jo 15, 26). O Espírito Santo tem a missão de completar a missão do Jesus histórico, conduzindo os crentes para a verdade total (Jo 16, 13). Testemunhando Cristo para os membros da comunidade, o Espírito Santo está preparando os crentes para serem testemunhas de Cristo ressuscitado no meio do mundo (Jo 15, 26-27).

O património da Fé, no evangelho de São João, vem através do Apóstolo João, o discípulo amado, e é actualizado pelo Espírito Santo na comunidade. Por outras palavras, a comunicação e a interpretação correcta da doutrina da Fé acontece na comunidade pela acção do Espírito Santo (Jo 19, 35; 21, 24; 1Jo 2, 27).

Em síntese podemos dizer que a razão de ser dos ministérios no Novo Testamento é a edificação da comunidade. Esta, por sua vez, tem a missão de ser sinal de Cristo no mundo. Ele é a o corpo de Cristo (1 Cor 10, 17; 27). O corpo é a mediação de encontro. O mundo conhecerá Cristo na medida em que este se encontra com as comunidades cristãs. A comunidade é a parcela dos pequeninos a quem Deus revela o Seu plano, o qual esteve oculto aos poderosos orgulhosos do seu poder e saber (Lc 10, 21).

Os ministros foram designados pelo Espírito Santo para apascentarem a comunidade que é a assembleia (Ekklesia) de Deus (Act 20, 28). Na comunidade há serviços queridos pelo próprio Espírito Santo (1Cor 12, 28). A sua diversidade corresponde às necessidades das comunidades, não a uma lista preestabelecida (1Cor 12, 28; Ef 4, 11; 1Cor 7, 7; Rm 12, 7). O Novo Testamento não oferece qualquer base para uma leitura sacerdotal do ministério.

1 comentário:

  1. Excelente material... vale a pena ler e se interar sobre a realidade do NT e dos ministérios (entendidos não como poder, mas como serviços à organização da comunidade)...
    Parabéns...
    Julio Caldeira, imc

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