Utilizando a imagem bíblica do barro, diríamos que a argila humana se vai amassando e moldando através das relações. A nível da criança as relações são estruturantes, pois amassam e moldam o barro dando-lhe a configuração com a qual vai ficar para a sua vida. Isto é verdade tanto para o bem como para o mal.
Assim com as agulhas nas mãos da bordadeira estruturam o fio, construindo autênticas filigranas de rendas maravilhosas, assim as relações humanas estruturam a criança tanto a nível psíquico com espiritual. Quando estas relações estão vivificadas pelo amor capacitam a criança para, ao longo da vida, fazer opções, escolhas, decisões e tomar atitudes que, por vezes, são autênticos milagres de amor.
A nível dos adultos as relações são sobretudo plenificantes, pois optimizam aquilo que a pessoa já é como realidade estruturada. O adulto atinge a plenitude da sua realização pessoal mediante relações com a densidade do amor. Se estas relações forem negativas bloqueiam essa mesma realização ou plenitude. Na verdade, as relações negativas bloqueiam as possibilidades de crescimento humano, pois conduzem a comportamentos destrutivos. Isto é verdade não apenas ao nível psíquico como também espiritual. De facto, o eu pessoal-espiritual também se estrutura. Por isso podemos falar da configuração histórica eu espiritual. Por outras palavras, a nossa identidade pessoal permanecerá eternamente com o jeito de amar que adquiriu na história ... Ler Mais ...
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