a) A Originalidade da Esperança Cristã
b) A Esperança Como Antecipação do Reino
c) A Esperança Como Negação do Fatalismo
d) Palavras de um profeta da Esperança
e) Esperança Cristã e Plenitude da Vida
f) Um Hino de Esperança Cristã
a) A Originalidade da Esperança Cristã
A Esperança é um apelo interior que nos dá razões para caminharmos confiantes em direcção a um futuro promissor e feliz. O sentido que alimenta e dá solidez à nossa Esperança brota da Palavra de Deus.
Graças à Esperança, os cristãos têm a certeza de que a Humanidade não é um processo sem sentido. A Fé tem como suporte a Ressurreição de Cristo. A Esperança, partindo do suporte da Fé, antecipa a plenitude do futuro. Jesus Ressuscitado é a garantia de que a Humanidade já tem ao seu alcance o penhor de um sucesso pleno.
Os horizontes da Esperança Cristã coincidem rigorosamente com o querer de Deus a nosso respeito. Em Jesus de Nazaré, Deus inaugurou a plenitude do seu plano em favor da Humanidade. O evangelho de São João diz que todos recebemos da plenitude de Cristo: “Da sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça” (Jo 1, 16). Em Jesus Cristo , diz a Carta aos Efésios, Deus levou o tempo à sua plenitude: “O Pai deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade, conforme a decisão prévia que lhe aprouve tomar, a fim de levar o tempo à sua plenitude” (Ef 1, 9-10).
A Plenitude dos Tempos significa a fase dos acabamentos. A Esperança Cristã assegura-nos que estamos já na fase do sucesso garantido. A plenitude da vida é um dom que nos é oferecido amorosamente por Deus. Podemos aceitá-lo ou não, pois o amor não se impõe. A Carta aos Gálatas diz que ao chegar a plenitude dos tempos Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, a fim de ser inaugurado o tempo da graça, o qual implica a anulação de leis, normas ou preceitos que oprimam as pessoas (Ga 4, 4-7).
A Esperança Cristã não é apenas um desejo vago que nasce dessa fome de felicidade que todos levamos dentro. Pelo contrário, assenta num plano concreto, o qual é conhecido por nós graças ao facto de nos ter sido revelado por Deus. Este projecto é fruto de um querer explícito de Deus. Foi isto que levou Jesus Cristo a tomar as atitudes que tomou, a fim de nos revelar o querer de Deus.
Foi por este querer de Deus que fomos inseridos na Plenitude dos Tempos, como diz São Paulo: “Se alguém está em Cristo é uma Nova Criação. O que era antigo passou. Eis que tudo se fez novo. Tudo isto vem de Deus que, em Jesus Cristo , nos reconciliou consigo, não levando mais em conta os pecados dos homens” (2 Cor 5, 17.19).
Certa da fidelidade de Deus, a Esperança avança no sentido de atingir esta meta que nos é proposta pela Revelação de Deus. Pela Esperança, o cristão sabe que este projecto amorosamente sonhado por Deus acontecerá. Eis a razão pela qual ele tenta comprometer-se com os apelos e propostas de Deus.
Com efeito, o plano de Deus implica também o compromisso do Homem. A divinização do Homem é um dom gratuito, mas Deus só pode divinizar o ser humano na medida em que este se humaniza. Como sabemos, a humanização do homem é uma tarefa que cada pessoa tem de realizar. Ninguém nos pode substituir nesta missão. Por outras palavras, Deus diviniza o que o homem humaniza.
Estamos na plenitude dos tempos, isto é, na fase da divinização da Humanidade. A plenitude dos tempos, portanto, significa um salto de qualidade que aconteceu com Jesus Cristo e não antes dele. O evangelho de São João tem uma passagem muito esclarecedora a este respeito. Segundo esta passagem, a divinização acontece pela comunicação especial do Espírito que atinge a Humanidade de modo intrínseco e a faz dar um salto de qualidade. Eis as palavras de São João:
“No último dia, o mais solene da festa, Jesus, de pé, exclamou: “Se alguém tem sede venha a mim. Quem acredita em mim que sacie a sua sede! Como diz a Escritura, do seu peito hão-de correr rios de Água viva.” Jesus disse isto referindo-se ao Espírito que iam receber os que acreditassem nele. Com efeito, o Espírito ainda não tinha vindo, pois Jesus ainda não tinha sido glorificado” (Jo 7, 37-39).
A revelação abre os horizontes da nossa Esperança muito para lá da vida mortal. Graças à sua Fé, os cristãos conseguem vislumbrar muito para além dos horizontes da morte. Eis o que diz a Carta aos Filipenses: “Para nós, a cidade a que pertencemos está nos céus, de onde esperamos o Senhor Jesus Cristo, o nosso Salvador. Com a energia que possui e o capacita para sujeitar todas as coisas, ele transfigurará o nosso corpo, configurando-o ao seu corpo glorioso” (Flp 3, 20-21).
O horizonte máximo da nossa Esperança, portanto, é Jesus Cristo ressuscitado e assumido na glória da Santíssima Trindade. A Carta aos Hebreus descreve a Esperança como a expectativa confiante dos bens que estão para vir (Heb 6, 11).
Num texto cheio de profundidade, a Segunda Carta aos Coríntios diz-nos que não estamos a edificar para a morte, mas para a Vida Eterna. Este texto é um testemunho magnífico dos horizontes da esperança:
“Por isso, não desfalecemos. E ainda que, em nós, o homem exterior vá caminhando para a ruína, o homem interior renova-se dia após dia. Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos um peso eterno de glória, além de toda e qualquer medida. Na verdade, olhamos mais para as coisas invisíveis do que para aquelas que se vêem. De facto, as coisas visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas” (2 Cor 4, 16-18).
Este texto exprime bem o horizonte da nossa Fé e a força da nossa Esperança, a qual nos possibilita olhar a saborear as coisas com um sentido e um sabor totalmente novo. Vale a pena empenharmo-nos, pois não estamos a construir para o vazio da morte. A Esperança confere-nos um olhar novo, o qual nos capacita para podermos valorizar as coisas com os critérios da revelação de Deus.
b) A Esperança como Antecipação do Reino
A vida cristã tem como fundamento a Fé, a Esperança e o Amor ao jeito de Cristo, isto é, a Caridade. A Esperança tem um papel central na vida dos crentes, pois é através dela que eles antecipam pela Fé, a plenitude dos bens que lhes foram prometidos. Apesar do seu horizonte estar no futuro, a Esperança não aliena os cristãos do presente.
Na verdade, os crentes sabem que Deus não nos criou acabados, a fim de nos empenharmos na nossa realização, condição para atingirmos a plenitude da felicidade humana. Por outras palavras, a Esperança dá-nos a certeza de que nos aguarda uma plenitude maravilhosa num futuro com pleno sucesso garantido. Mas esta plenitude é a optimização e assunção em Deus da nossa realização no presente.
Os crentes estão seguros da realização das promessas aliadas à Esperança porque tomam a sério a Palavra de Deus que nos fala da divinização da Humanidade em Cristo e da fidelidade de Deus à sua Palavra. É próprio da Esperança antecipar, isto é, dar-nos hoje a certeza de virmos a possuir um bem que ainda não possuímos plenamente.
É pela porta da Esperança que nós podemos entrar, já hoje, no nosso futuro. Por isso tem sentido celebrar, já hoje, um futuro bom que estamos seguros de vir a possuir. Esta maneira de viver antecipadamente o futuro é um apelo a sermos fieis no presente, fazendo render o melhor dos nossos talentos.
Jesus Cristo ressuscitado é o fundamento da nossa Esperança. O sucesso da sua Ressurreição é a garantia segura de que obteremos a nossa plenitude com ele. O Senhor Ressuscitado vem em nossa ajuda, dando-nos o Espírito Santo que está presente e activo em nós vinte e quatro horas por dia. A Palavra de Deus revela-nos o sentido do nosso futuro e o Espírito Santo vai realizando, já agora, aquilo que a Palavra nos diz que seremos na plenitude.
A Esperança cristã é como uns binóculos de alta qualidade: ajudam-nos a ver com nitidez o que será o nosso futuro. A nitidez da Esperança é devida à Palavra que nos ajuda a olhar a plenitude com os olhos da revelação e não com os olhos da nossa cara. Na verdade, quanto mais meditamos e aprofundamos a Palavra de Deus, mais começamos a olhar as coisas e a vida à luz do plano de Deus para nós.
Graças à revelação, a nossa Esperança dá-nos a certeza de que Deus sonhou um plano de amor onde todos nós encontraremos a plenitude da felicidade. Esta certeza assenta, antes de mais, no facto de Deus ser fiel e verdadeiro. Além disso, vamos fazendo a experiência da presença dinâmica do Espírito Santo nas nossas vidas.
A esperança cristã cresce graças à presença inspiradora do Espírito Santo que ilumina e faz nascer no nosso coração a certeza de que obteremos as coisas boas que Deus nos prometeu e realizou em Cristo. Estas coisas boas não se referem apenas aos bens do corpo, mas também aos bens muito superiores de ordem espiritual.
Como sabemos, a Esperança ultrapassa os muros apertados e estreitos da vida que morre. Por outras palavras, quando olhamos o sentido da vida com as lentes da Esperança, a felicidade que se nos apresenta vai muito para lá dos meros bens materiais desta terra.
Mas isto não que dizer que Deus nos distrai dos compromissos históricos. Pelo contrário, envia-nos para o mundo com critérios diferentes dos do mundo no que se refere ao amor e à justiça. Graças aos horizontes da sua Esperança, os cristãos estão chamados a ser sal, luz e fermento no mundo (cf. Mt 5, 13-16).
Pela Esperança nós sabemos que havemos de viver para sempre na Comunhão Universal da Família Divina. Temos a certeza de seremos eternamente filhos em relação a Deus Pai e irmãos em relação a Deus Filho. Esta certeza é o resultado do plano de Salvação que Deus nos revelou.
A Esperança, a Fé e o Amor ao jeito de Jesus caminham sempre juntos. A Esperança cristã é uma fonte de alegria, pois faz-nos viver de acordo com o que é melhor para nós. Graças à Esperança cristã, os sofrimentos e a morte não são vistos como tragédia sem sentido. Tenho a certeza, diz São Paulo, de que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a alegria e felicidade que nos aguarda o futuro em Deus (Rm 8, 18).
São Paulo diz que os textos bíblicos foram escritos para alimentar a nossa esperança (Rm 15, 4). Eis a razão pela qual os crentes, movidos pela Esperança, vivem e celebram, já agora, o que serão no futuro. Visto à luz da Esperança, o futuro é o que falta ao Homem para ser plenamente um Homem Divinizado.
É normal que a esperança cristã, num jovem, surja como interpelação a construir um projecto de vida onde o amor romântico e a fraternidade apareçam como dimensão e urgência fundamental. À medida que a vida se vai gastando numa linha de fidelidade a este projecto, a Esperança começa a suscitar-nos um horizonte mais amplo com o seguinte sentido de plenitude: “Foi muito bom e importante o que fizeste em teu favor e em favor dos outros, mas podes crer que o melhor ainda está para vir!”.
Este novo horizonte oferece uma paz, uma segurança e felicidade indizível aos crentes que sentem o fim a aproximar-se. Torna-se, então muito clara a passagem da segunda Carta aos Coríntios que diz:
“Por isso não desfalecemos. Mesmo que, em nós, o homem exterior vá caminhando para a ruína, o homem interior renova-se todos os dias. Com efeito, a nossa momentânea e leve tribulação proporciona-nos um peso eterno de glória além de toda e qualquer medida. Não olhamos para as coisas visíveis e exteriores, pois estas são passageiras. Olhamos, sim para as realidades interiores e invisíveis, pois estas são eternas” (2 Cor 4, 16-18).
O que distingue um cristão dos outros seres humanos é a vida teologal de Fé, Esperança e Caridade, isto é, o amor ao jeito de Cristo. São Paulo diz que o cristão, à medida em que se identifica com Cristo, age mais aí o jeito de Cristo: “Para mim, viver é Cristo e morrer é um lucro” (Flp 1, 21).
A Esperança dá-nos a certeza de que não estamos abandonados por Deus. O crente amadurecido na vida cristã tem a certeza de que Deus não o abandona, apesar de termos dificuldades e problemas. São Paulo pediu a Deus que o libertasse de um problema que lhe causava desgosto. Mas Deus respondeu-lhe: “Basta-te a minha graça, pois o meu poder libertador é perfeito quando se trata de ajudar a fraqueza” (2 Cor 12, 9).
A Carta aos Colossenses diz-nos para fortalecermos a nossa Esperança colocando a nossa mente nas coisas do alto e não nas terrenas (Col 3, 2). Quanto mais a nossa mente e o nosso coração se deixam possuir pela Palavra de Deus, mais o Espírito Santo nos transforma e configura com Jesus Cristo. Para crescer, a Esperança cristã precisa da calda da oração e da meditação da Palavra de Deus.
Como vimos, o Espírito Santo vai realizando em nós o que a Palavra de Deus nos vai revelando. A Esperança dá-nos a certeza de que, apesar dos sofrimentos e dificuldades da vida presente, Deus tem para nós uma plenitude onde a nossa alegria não terá limites.
A Esperança Cristã é cristocêntrica, pois assenta na certeza de que a nossa participação na plenitude do Reino de Deus só pode acontecer com Jesus Cristo: “Jesus respondeu-lhe: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir ao Pai senão por mim” (Jo 14, 6).
À medida em que a Esperança Cristã se alimenta da Palavra, torna-se, realmente, um edifício sólido, pois os seus alicerces são inabaláveis. Eis a razão pela qual a Esperança Cristã é uma razão válida vivermos alegres.
São Paulo, na Carta aos Romanos, diz-nos para nos alegrarmos na Esperança (Rm 12,12). A alegria vivida com os horizontes da Esperança tem uma profundidade que a alegria que brota de uma mera experiência humana não pode ter. A alegria fundamentada pela Esperança, diz Paulo na Carta aos Gálatas, é um dos frutos do Espírito Santo (Ga 5, 22).
É evidente que esta alegria é um dom para os crentes que gostam de dialogar e partilhar com os irmãos os horizontes da sua esperança. Referindo-se às dificuldades sentidas pelos cristãos de Tessalónica devido às perseguições, São Paulo diz-lhes que eles acolheram a Palavra no meio de muitas tribulações, mas com grande alegria no Espírito Santo (1Ts 1, 6).
A alegria que brota da Esperança mediante a acção do Espírito Santo é diferente da alegria que brota das simples experiências humanas, pois pode acontecer até no meio das perseguições e sofrimentos. Num texto muito bonito, São Paulo diz-nos que o Reino de Deus não é uma questão de comer ou beber, mas de alegria no Espírito Santo: “É que o Reino de Deus não é uma questão de comer e beber, mas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14, 17).
No evangelho de São João, Jesus diz aos discípulos que lhes revelou os segredos de Deus para que a sua alegria seja perfeita: “Revelei-vos estas coisas, a fim de que a minha alegria habite em vós e, deste modo, a vossa alegria seja completa” (Jo 15, 11). A Ceia Pascal foi uma Ceia de despedida. Os discípulos começavam a sentir-se tristes. Jesus garante-lhes que, após a Páscoa, a sua alegria será plena e duradoira: “Agora estais abatidos, mas ver-vos-ei de novo e haveis de vos alegrar e já ninguém poderá tirar-vos a vossa alegria” (Jo 16, 22).
No final da Ceia, Jesus faz uma oração ao Pai, pedindo-lhe pelos discípulos, a fim destes receberem a plenitude da sua alegria: “Mas agora vou para ti. E ainda no mundo digo isto para que eles tenham em si a plenitude da minha alegria” (Jo 17, 13). A plenitude da Alegria só pode vir do Espírito Santo. A alegria que nasce da Esperança, diz o evangelho de São Mateus, tem como base a certeza da salvação: “Exultai e alegrai-vos, pois grande será a vossa recompensa no Céu” (Mt 5, 12).
Os cristãos das comunidades apostólicas viviam com grande intensidade a alegria no Espírito Santo, na expectativa da iminente vinda do Senhor Ressuscitado. Eis o que diz a Carta aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: alegrai-vos! Que a vossa bondade seja conhecida de todos, pois o Senhor está próximo” (Flp 4, 4-5).
C) A Esperança é a Negação do Fatalismo
A Fé cristã ajuda os crentes a olhar o sofrimento e a morte numa perspectiva com sentido. Por outras palavras, vista à luz da Fé, a vida tem um horizonte magnífico de esperança. É evidente que não se trata de um fatalismo. Para a Fé cristã, o destino não existe. Deus criou-nos inacabados, a fim de sermos nós a construir o nosso futuro.
A Esperança cristã capacita o crente para integrar na própria história as situações que não pode alterar. Tenho a certeza, dizia São Paulo, de que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a alegria e felicidade que o futuro nos aguarda em Deus (Rm 8, 18).
Movidos pela Esperança, os cristãos sentem-se interpelados a viver em comunhão com um Deus que nos ama e está connosco. A Carta aos Efésios diz que os cristãos de Éfeso, antes de se terem convertido ao Evangelho de Cristo, viviam sem esperança e sem Deus no mundo (Ef 2,12). São Paulo queria dizer que as pessoas privadas do dom da Esperança não conseguem olhar os acontecimentos como fazendo parte de um projecto de amor e salvação.
Pela fé, os cristãos sabem que o Espírito Santo está no seu íntimo e podem contar com ele nas diversas situações da vida. No nosso íntimo, o Espírito dá-nos a sabedoria e a luz para encontrarmos as respostas certas para as dificuldades do dia a dia.
Esta certeza alimenta a esperança do cristão, dando-lhe a garantia de que a vida está a caminhar para a plenitude de Deus. Por outras palavras, a Esperança dá-nos a certeza de que o Espírito Santo está interessado nas nossas coisas, pois ele é o amor de Deus derramado nos nossos corações (Rm 5, 5).
A Fé ajuda-nos a ver a presença amorosa de Deus na nossa vida, alimentando e dando conteúdo à nossa Esperança. A Fé garante-nos que o Espírito Santo nos está a conduzir para uma meta sem condicionamentos. Eis as palavras da Carta aos Efésios: “Antes da fundação do mundo, Deus escolheu-nos em Cristo, a fim de sermos santos e irrepreensíveis no amor, caminhando na sua presença. Predestinou-nos para sermos adoptados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da sua vontade” (Ef 1, 4-5).
A Esperança é um impulso espiritual que nos ajuda a crescer de maneira segura como pessoas e como crentes. A Carta aos Romanos aconselha os crentes a viverem alegres na Esperança, pacientes nas dificuldades e sofrimentos, bem como fiéis na oração (Rm 12, 12).
O alimento da Fé Cristã, tal como o da Esperança é a Palavra de Deus. São Paulo, referindo-se às Escrituras, diz estas foram escritas para alimentar a nossa Esperança: “Tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para alimentar a nossa esperança” (Rm 15, 4).
d) Palavras de um Profeta da Esperança
Aquele homem causou em mim um impacto profundo. O seu jeito de falar mexeu comigo, ao ponto de me levar a mudar algumas das minhas atitudes. Devo confessar que foi ele quem provocou em mim o desejo profundo de mudar o meu jeito de estar na vida.
Aquele homem causou em mim um impacto profundo. O seu jeito de falar mexeu comigo, ao ponto de me levar a mudar algumas das minhas atitudes. Devo confessar que foi ele quem provocou em mim o desejo profundo de mudar o meu jeito de estar na vida.
Mas para muitas pessoas não passava de um sonhador meio louco. As pessoas mais atentas e sensatas achavam que este homem era um profeta. Quando o ouvi, achei que as coisas que dizia tinham sentido e podiam acontecer se os seres humanos se dispusessem a mudar o coração.
Muitos dos seus apelos podiam realizar-se se a Humanidade fosse conduzida por líderes sensatos e animados pelo Espírito de Deus. Via-se claramente que aquele homem desejava o melhor para a Humanidade. Também era claro que não falava para se exibir ou adquirir privilégios.
Um dia ouvi-o fazer a síntese de um discurso que, segundo a sua versão, foi elaborado a pensar no que diria se tivesse a possibilidade de falar à Humanidade inteira. Eis algumas passagens significativas do seu discurso:
Em primeiro lugar, penso que a Humanidade está de parabéns, pois há muitos homens e mulheres dispostos a gastar a vida por causa nobres e justas. Gostava de sublinhar ainda que há muitos seres humanos com uma grande vontade de trabalhar para defender a dignidade humana, bem como os valores da verdade, da justiça, da liberdade e da fraternidade.
É verdade que ainda há muitos muros que impedem a comunhão fraterna entre as gentes das diversas raças, culturas, línguas, povos e religiões. Hoje já é possível destruir estes muros, a fim de podermos edificar a Nova Humanidade. Graças à universalidade dos meios de comunicação, o mundo de hoje oferece-nos condições excelentes para podermos evoluir no sentido de aceitarmos e valorizarmos as diferenças que existem no seio da Humanidade.
As pessoas que pretendem construir uma unidade de tipo monolítico estão a oprimir as pessoas e a mutilar a realidade humana Estas pessoas estão votadas ao fracasso, pois não deixam emergir a verdade do Homem. É urgente abrir caminhos que conduzam à comunhão universal, a fim de todos os seres humanos, incluindo os mais fracos e desprotegidos sejam respeitados na sua dignidade e os seus direitos sejam reconhecidos.
Não nos podemos esquecer que a Nova Humanidade só pode acontecer com pessoas livres. A liberdade é a capacidade de a pessoa se relacionar amorosamente com os outros e interagir de modo criativo com as coisas e os acontecimentos.
A Humanidade, tal como a divindade, constitui-se de pessoas. Como sabemos, cada pessoa é um ser único, original, irrepetível e capaz de comunhão amorosa. Estamos todos vocacionados para atingirmos a plenitude na Comunhão Universal do Reino de Deus, onde cada pessoa participará com a sua identidade, a qual é distinta da identidade dos os outros.
A atitude mais digna que um ser humano pode ter para com o outro é facilitar a emergência da novidade que existe no íntimo deste. Na verdade, a pessoa humana é um ser em construção. Por isso, depois de a termos deixado por algum tempo, nunca a encontramos no ponto em que a deixámos.
Quando facilitamos a emergência da novidade que há nas pessoas estamos a ajudar o nascimento do Homem. Com efeito, a Humanidade está a emergir de modo único, original e irrepetível no concreto de cada pessoa. Como autor de todas as coisas, o Criador lançou as bases deste projecto humano. Mas Deus não nos criou acabados, a fim de não nos substituir para que possamos ser livres, conscientes e responsáveis.
Como sabemos, na Humanidade existe uma grande variedade de culturas. Além disso, as pessoas humanas são todas diferentes umas das outras. Isto quer dizer que, para construirmos a paz, temos de cultivar o respeito e aceitação das diferenças. É fundamental criar condições para que todas as pessoas possam tomar parte naquilo que a todas diz respeito.
É este o caminho que nos conduz ao nascimento do Homem Novo, tal como Deus o sonhou. Apesar de haver ainda muitas forças tenebrosas que pretendem opor-se ao parto do Homem Novo, temos razões para confiar, pois há sinais de esperança muito bonitos. Em poucas décadas conseguimos destruir muros ideológicos entre o Ocidente e o Leste que pareciam ser situações que durariam muitos séculos. Com grande surpresa de todos nós estes muros caíram sem guerras nem derramamento de sangue.
Como vemos, a emergência histórica da Humanidade é um projecto onde acontecem novidades insuspeitáveis e portadoras de surpresas maravilhosas. Mas não podemos esquecer que o sucesso da História Humana implica que sejam dadas a todas as pessoas condições para se poderem realizar.
A Fé diz-nos que não existe uma Humanidade predeterminada. Deus não nos manipula. Está nas nossas mãos, portanto, trabalharmos no sentido de criar uma Humanidade mais fraterna, justa e feliz, sabendo que Deus está connosco, mas não está em nosso lugar. Mas podemos contar com a luz e a força de Deus, pois ele não nos vai faltar.
O evangelho de São João diz que nós nascemos para renascer com a ajuda do Espírito Santo (Jo 3, 3-6). Cada ser humano nasce com um feixe de possibilidades, a fim de se poder realizar como pessoa. Estas possibilidades são-lhe proporcionadas pelos demais.
Jesus, no evangelho de São Mateus, dá o nome de talentos às possibilidades de realização de cada pessoa. Para dizer que as pessoas são únicas e originais, Jesus diz que umas recebem cinco talentos, outras três, dois ou um (Mt 25, 14-30).
Jesus acrescenta que Deus nos aceita e ama assim como somos e com os talentos que temos. Ele sabe que ninguém é herói por receber cinco talentos, pois recebeu-os dos demais. Pela mesma razão ninguém é culpado por ter recebido dois ou um. A heroicidade resulta do modo como fazemos render os talentos que nos foram dados.
As palavras deste homem, sonhador louco para uns, profetas para outros, interpelaram-me no sentido de mudar algumas coisas na minha vida. Falava com entusiasmo e alegria, deixando muitas pessoas com mais gosto de viver. Ajudar as pessoas a descobrir e aprofundar o sentido da existência é dar-lhes razões para começarem a gostar da vida e fazer projectos novos de realização pessoal.
e) Esperança Cristã e Plenitude da Vida
O que distingue o cristão do não cristão é a vida teologal de Fé, Esperança e Amor ao jeito de Cristo, isto é, Caridade. O fundamento da nossa Esperança é a Palavra de Deus, a qual nos ajuda a ver as coisas com os critérios do mesmo Deus. Quanto mais o cristão cresce na vida teologal, mais Cristo se torna o centro da sua vida.
Para o cristão adulto na fé, diz São Paulo, a vida está cada vez mais identificada com os critérios de Jesus Cristo: “Para mim, viver é Cristo e morrer é um lucro” (Flp 1, 21). A Esperança dá-nos a certeza de que a nossa vida está cheia de sentido. Na verdade, não somos frutos do acaso, nem estamos abandonados por Deus.
A Esperança cristã é certeza, pois assenta na Palavra de Deus e na sua fidelidade inabalável. Esta certeza, no entanto, apoia-se na Fé, não na evidência. Mesmo nos momentos das dificuldades, a esperança dá-nos a certeza de que o Deus em quem depositamos a nossa esperança é fiel.
O cristão amadurecido na vida teologal tem a certeza de que Deus não o abandona. São Paulo diz que pediu a Deus que o libertasse de uma dificuldade. São Paulo obteve a garantia de que apesar das suas limitações e defeitos, Deus não o ia abandonar: “Basta-te a minha graça, pois o meu poder libertador é perfeito quando se trata de ajudar a fraqueza” (2 Cor 12, 9). A Carta aos Colossenses indica uma norma sábia para o amadurecimento da Esperança: “Colocai a vossa mente nas coisas do alto e não nas terrenas” (Col 3, 2).
Quanto mais a nossa mente e o nosso coração se deixam possuir pela Palavra de Deus, mais o Espírito Santo nos transforma e configura com Jesus Cristo. Ele é a Cabeça da Humanidade restaurada e reconciliada com Deus (2 Cor 5, 17-18). O Salmo 126 exprime de modo muito bonito a força da Esperança na vida dos crentes: “Os que semeiam com lágrimas vão ceifar com cânticos de alegria. Os que saem chorando, ao levar a semente para a sementeira, voltarão com canções de alegria trazendo muitos molhos de espigas consigo” (Sal 126, 5-6).
Para crescer, a Esperança cristã deve ser cultivada com a meditação da Palavra de Deus e fortalecida com a oração. Quando os cristãos procedem assim, tornam-se arautos de um Boa Notícia, anunciando a esperança libertadora, como diz a primeira carta de Pedro: “Acolhei Cristo nos vossos corações, a fim de estardes preparados para responder aos que vos procuram sobre as razões da vossa Esperança” (1 Pd 3, 15).
A esperança dá-nos a certeza de que, apesar dos sofrimentos e dificuldades da vida presente, Deus tem para nós uma plenitude onde a nossa alegria não terá limites. Tudo é possível aos que estão em comunhão com Deus (Flp 4, 13). Os pilares da Esperança cristã são a Palavra e o Espírito Santo, os quais actuam em perfeita harmonia no nosso coração. A Palavra revela-nos o significado do plano de Deus. O Espírito Santo realiza em nós o que a Palavra explicita.
Alimentado com a palavra e fortalecido pelo Espírito Santo, o cristão torna-se uma força transformadora no mundo. A Carta aos Hebreus diz que Abraão é um modelo de Esperança. Com efeito, apesar de a evidência sugerir o contrário, ele confiou em Deus, abrindo o coração à esperança. E foi assim que obteve o que esperava: “E assim, depois de ter esperado pacientemente, Abraão recebeu o conteúdo da promessa” (Heb 6, 15).
A Esperança cristã capacita-nos para olharmos a vida, a história e os acontecimentos com os olhos do próprio Deus. Apesar de nos capacitar para saborearmos a vida com os horizontes da plenitude do Céu, a esperança não nos distrai dos compromissos históricos. Pelo contrário, envia-nos para o mundo, a fim de sermos luz que faz ver a realidade com critérios novos.
Do mesmo modo, a nossa esperança converte-nos em luz capaz de ajudar os homens a saborear de modo correcto a vida e os acontecimentos. Além disso, torna-nos um fermento transformador nos modos de agir do mundo (cf. Mt 5, 13-16). Pela Esperança, estamos seguros de que seremos para sempre membros da Família de Deus: Filhos em relação a Deus Pai e irmãos em relação a Deus Filho.
Graças à Esperança cristã, os sofrimentos e a própria morte não são vistos como tragédias sem saída, como diz São Paulo (Rm 8, 18). A Esperança, juntamente com a Fé e a Caridade vão-nos ajudando a atingir a maturidade humana e cristã, capacitando-nos para trabalhar na construção de um mundo melhor, onde a justiça e a comunhão fraterna apareçam como valores fundamentais.
À medida em que a vida se vai gastando no serviço a estes valores, começa a abrir-se um horizonte muito mais vasto, o qual tem mais ou menos este sentido: “Mas o melhor ainda está para vir!”. Que segurança, serenidade e felicidade este novo horizonte confere à pessoa que vai avançando em direcção à plenitude. Depois de uma vida que se deu, o cristão amadurecido e gasto pelo dom de si mesmo vê nos horizontes da sua vida o sentido pleno da morte como porta necessária para entrar na plenitude.
Na verdade, a esperança cristã dá-nos a certeza de que não estamos a caminhar para o vazio do nada. O Novo Testamento é um grito magnífico de Esperança na medida em que todo ele é a proclamação da vitória da vida sobre a morte em Cristo Ressuscitado. Eis o que diz São Paulo: “Assim como pelo pecado de um só veio a condenação para todos os homens, do mesmo modo, pela obra de justiça de um só veio para todos a justificação que dá a vida. Assim como pela desobediência de um só todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se tornaram justos” (Rm 5, 18-19).
A passagem para a condição de uma Nova Criação acontece pela Ressurreição de Cristo: “Assim como todos morrem em Adão, assim em Cristo todos recebem a plenitude da vida” (1 Cor 15, 22). A Nova Criação pressupõe uma transformação no mais profundo do seu ser. Passar da velha para a Nova Criação não é apenas uma questão de mudar de fato. Também não é uma questão de mudar de rótulo. Na verdade, a Nova Criação implica uma recriação que significa passar do homem carnal, diz São Paulo, para o Homem espiritual:
“O que vos digo, irmãos, é que o Homem terreno não pode herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herdará a incorruptibilidade. Vou revelar-vos um mistério: Nem todos morreremos, mas todos seremos transformados (…). É necessário que este corpo corruptível se revista de incorruptibilidade e que este corpo mortal se revista de imortalidade” (1 Cor 15, 50-52).
Com estas palavras querem dizer que a nossa vitória sobre a morte está garantida, pois assenta na vitória de Cristo ressuscitado. Isto é possível, acrescenta São Paulo, porque formamos o corpo de Cristo (1 Cor 10, 17; 12-27). A nossa união com o Senhor Ressuscitado, faz que o Espírito Santo, a força que ressuscitou Jesus Cristo, circule para nós e nos ressuscite:
“Se nós pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos também Cristo não ressuscitou” (1 Cor 15, 12-13). Mas as coisas não são assim, pois Cristo ressuscitou e este facto é a garantia da nossa ressurreição: “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias de todos os mortos. Tal como por um homem veio a morte, assim também, por um homem vem a ressurreição dos mortos” (1 Cor 15, 20-21).
Na verdade, somos Nova Criação realizada em Cristo. Por isso já temos acesso à participação da Família de Deus: filhos em relação a Deus Pai, e irmãos em relação ao Filho de Deus. O Espírito Santo é a ternura maternal de Deus que no introduz na Família de Deus (Rm 8, 14-17; Ga 4, 4-7). A Esperança Cristã antecipa o gosto e a alegria desta plenitude de vida que Deus nos concede em Jesus Cristo.
f) Um Hino de Esperança Cristã
Glória a Vós, Deus Santo, por serdes uma Família de três pessoas.
Glória a Vós, por nos terdes chamado à vida.
Glória a Vós por terdes colocado diante dos nossos olhos
as belezas do Universo.
Glória a Vós porque a Natureza é um livro cheio de ensinamentos
que nos ajudam a descobrir a vossa Sabedoria e a vossa Bondade.
Glória a Vós pelos momento de alegria e felicidade
que vamos experimentando ao longo da vida.
Glória a vós pelos sofrimentos que nos ajudam a crescer e ser mais humanos.
Glória a Vós pelas montanhas que nos convidam
a olhar o Céu azul e a multidão incontável das estrelas.
Glória a Vós pelos mares, os rios e os lagos
que reflectem a luz brilhante do sol e o azul suave do céu.
Glória a Vós pelos dos animais selvagens
cuja ternura pelas suas crias é admirável e capaz de grandes sacrifícios.
Glória a Vós pelo canto harmonioso das aves do Céu.
Glória a Vós pelos pais, muitos dos quais, são capazes de uma doação total.
Glória a vós porque nos chamaste à vida e nos destes a sorte
de vos conhecermos como Família constituída
pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo.
Glória a Vós pela aventura da vida na qual tomam parte
as plantas, os animais e os seres humanos.
Glória a vós pelo perfume das violentas, das açucenas e das rosas.
Glória a Vós pelo sabor delicioso dos frutos e do mel
que as abelhas produzem com grande empenho.
Glória a Vós pelos sorrisos que partilhamos
com as pessoas que se cruzam connosco na vida.
Glória a Vós pela Vida Eterna que o Espírito Santo
faz germinar e crescer no nosso coração.
Glória a Vós pela luz do sol que, em cada manhã,
faz emergir a multidão das cores e das formas que nos encantam.
Glória a Vós pelo carinho das pessoas que nos amaram,
dando-nos a possibilidade de entendermos a vossa ternura e o vosso amor por nós.
Glória a Vós pela força da ressurreição de Cristo no nosso coração.
Glória a Vós por nos terdes colocado nesta terra
cheia de cores, chilreios, grunhidos, cacarejos, balidos e declarações de amor.
Glória a Vós pelas noites serenas que nos convidam a descansar.
Glória a Vós pela paz que nasce nos corações dos que agem
em harmonia com os apelos do Espírito Santo no seu coração.
Glória a Vós pelas pessoas bondosas que fomos encontrando ao longo da nossa vida.
Glória a Vós pela bondade que irradia das pessoas
que decidiram gastar a vida pelas causas do amor.
Glória a Vós por serdes o Deus Connosco,
fazendo-nos sentir em cada dia a força libertadora do vosso amor.
Glória a Vós que sois a meta para a qual se orienta a nossa história.
Glória a Vós por não terdes criado o Homem acabado,
dando-lhe a oportunidade de se realizar e ser livre.
Glória a Vós porque estais em nós, por nós e para comungar connosco.
Glória a Vós porque estai connosco dia e noite.
Glória a Vós porque nos moldastes amorosamente,
inspirando a tanta gente gestos de bondade que nos possibilitaram.
Glória a Vós pela modo providencial com que,
nos momentos de perigo, vindes em nossa ajuda.
Glória a Vós pelas coisas maravilhosas
que nos revelais através da vossa Palavra.
Glória a Vós pela Nova e Eterna Aliança
que fizestes connosco em Jesus Cristo.
Glória a Vós pelo Espírito Santo que é o Sangue da Nova Aliança
a circular nas veias do nosso coração.
Glória a Vós que nos acolheis como membros da vossa Família.
Glória a ti, Pai Santo, fonte da ternura paternal.
Glória a ti, Filho Eterno de Deus, que escolhestes ser nosso irmão.
Glória a ti, Espírito Santo, que és a ternura maternal de Deus.
Aleluia!
Em Comunhão Convosco
Calmeiro Matias
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